segunda-feira, 1 de março de 2010

CLEDVALDO E EMPRESA MAJOVEP AMBOS DE CHAPADINHA-MA CITADOS NA AUDITAGEM FINANCEIRA DE ADERSON LAGO


Destaca-se aí um certo Cledvaldo Veras Pereira, de Chapadinha-ma


Relatório de Inteligência produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, reforça as suspeitas de enriquecimento ilícito que pesam sobre o ex-deputado e ex-secretário Aderson de Carvalho Lago Filho, mais conhecido como Aderson Lago (PSDB), tanto no governo Zé Reinaldo Tavares (PSB), quanto no período em que foi chefe da Casa Civil do governador Jackson Lago (PDT), cassado em 2009. Informação de fonte segura.

Pivô do escândalo Ópera Prima ― desvio de recursos da saúde pública do Maranhão para contas particulares em São Luís e no Rio ―, Aderson pode ser preso provisoriamente a qualquer momento. Depende de uma decisão da juíza Oriana Gomes, da 10a Vara Criminal.

Peculato organizado

Foi o Ministério Público quem acionou o Coaf, ainda em meados de 2009. O objetivo da auditagem financeira era apurar se Aderson e outros investigados por corrupção pela Polícia estadual movimentaram dinheiro ou adquiriram bens em valores incompatíveis com a renda declarada e se essas transações mostram alguma relação com os crimes de que são acusados.

A resposta é sim. Não apenas Aderson operou de forma suspeita, como aumentam os indícios de que seu “boom” financeiro de 2006 a 2009 proveio da subtração de recursos públicos repassados pelo governo Zé Reinaldo às prefeituras de Caxias e Mata Roma e outras entidades participantes do esquema peculatário.

Dinheiro à vontade

As informações enviadas pelo Coaf ao Ministério Público do Maranhão em outubro do ano passado confirmam e detalham o seguinte:

8. Ainda mais vultosas e esquisitas são as movimenções da prefeitura de Mata Roma, outro reduto político de Aderson, na época dirigida pelo prefeito Lauro Pereira de Albuquerque, o Grachal (PDT). Destaca-se aí um certo Cledvaldo Veras Pereira, que recebeu um total de R$ 583,6 mil, parte do erário municipal, parte depositados em duas parcelas pela construtora Majovep. Outros beneficiários foram João Rodrigues Pessoa (R$ 219 mil), Fracisleide Coutinho Garrreto (R$ 110,9 mil) e Raimundo de Moraes Aguiar (R$ 291 mil).

É notório o envolvimento da administração Grachal com escândalos na manipulação de verbas da Saúde estadual. Tanto assim que os delegados do caso Aderson pedem não só a prisão do ex-deputado, mas também a de Grachal, a do vereador Besaliel Freitas Albuquerque, filho do ex-prefeito, e dos empresários Pedro Paulo Mendes Filho e Raimundo Nonato Martins. São acusados de furtar R$ 1,260 milhão de um convênio da Secretaria de Saúde para manutenção do hospital Tales Ribeiro Gonçalves, em Mata Roma.

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