Deputados da bancada governista fizeram críticas ao líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Marcelo Tavares (PSB), que responsabilizou o governo do Estado, na solenidade de instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Baixada e do Litoral Norte, pelo abandono da região, cuja situação seria dramática, principalmente nos últimos dois anos.
Os deputados Hélio Soares (PP), Manoel Ribeiro (PTB), Magno Bacelar (PV) e Edilázio Júnior (PV) afirmaram que o pronunciamento de Tavares teria sido “inoportuno”, porque era uma sessão especial de instalação da Frente, com a presença de vários convidados.
O deputado Hélio Soares disse esperar que o trabalho da Frente em Defesa da Baixada não seja politizado e que os problemas da região não são de responsabilidade do governo, mas fruto de descaso da sociedade. Soares afirmou também que a Frente foi criada com o propósito de que os 42 deputados estaduais maranhense dêem suas parcelas de contribuição para que os problemas da região sejam resolvidos, ouvindo diretamente da população suas reivindicações.
Manoel Ribeiro, que é o líder do governo na Assembleia, também disse que a sessão especial não seria o momento para debater sobre responsabilidades, “mas que já que baixaram o nível”, acusou que a Baixada esteve, “nos últimos sete anos, em situação de desmando e abandono”. Ele fazia referência aos Governos Zé Reinaldo e Jackson. Ribeiro pediu desculpas aos convidados pelo tom do pronunciamento.
O deputado Magno Bacelar foi outro que classificou de inoportunas as colocações de Marcelo Tavares, e que a sessão especial “não seria o momento de tratar de pequenas coisas que não levam a nada”. Bacelar garantiu que os recursos retomados pelo atual governo, acusação feita por Tavares - R$ 47 milhões que seriam para o Conlagos executar o projeto “Diques na Baixada” e R$ 11 para construir um Socorrão em Pinheiro -, ocorreu porque “tinham objetivos políticos”.
O deputado Edilázio Júnior fez elogios à proposta de criação da Frente para atuar no sentido de resolver alguns problemas da região, como a salinização dos rios. Disse, no entanto, que os deputados não podem perder o foco da questão e que as avaliações mais profundas devem ficar para as sessões ordinárias da Assembleia.
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