quinta-feira, 3 de maio de 2012

Será instaurado inquérito para apurar divulgação de depoimentos

Foto: Divulgação
SÃO LUÍS – O sub-delegado geral, Marcos Affonso Júnior, afirmou que vai ser instaurado um inquérito policial para apurar de que forma os depoimentos das testemunhas do assassinato do jornalista Décio Sá foram parar, na íntegra, na internet, desde a terça-feira (1º).
“A divulgação desses documentos não partiu da polícia, tem carimbos no documento que mostram que ele saiu de outro local e não da Secretaria de Segurança. Será instaurado um inquérito para que se descubra de onde esses documentos vazaram. Vamos pedir que a Corregedoria de Justiça auxilie apurando também”, afirmou o sub-delegado geral.
Mesmo com o nome das testemunhas ocultados dos documentos é possível captar o nível de envolvimento delas na cena do crime, permitindo compreender que algumas delas trabalhavam inclusive no Bar Estrela do Mar, no qual o jornalista foi assassinado, na noite do dia 23 de abril.
Problemas
Segundo Marcos Affonso Júnior, a divulgação desses documentos atrapalhou todo o andamento das investigações. “O mais demorado não é a coleta de informações, mas sim, conseguir que as pessoas prestem depoimento. Quem presenciou um crime como este tem muito medo de se pronunciar e, quando decidem fazê-lo, damos toda a garantia de que essas informações não vão vazar. E foi justamente o contrário o que aconteceu. Teremos muito trabalhado tentando conquistar a confiança dessas pessoas novamente. Essa divulgação atrapalhou completamente as investigações”, explicou.
O sub-delegado geral informou, ainda, que algumas pessoas que estavam com o depoimento marcado já desistiram de depor após o vazamento da documentação.

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